Muitas mulheres possuem mamas grandes e pesadas, que chegam a incomodar e causar problemas físicos e emocionais. Por conta do grande volume e peso das mamas, apresentam dores nas costas e no pescoço, alterações posturais, os sutiãs marcam a pele na altura dos ombros, podem desenvolver infecções e irritações cutâneas nas dobras das mamas, e até ter dificuldade para realizar algumas atividades.
A mamoplastia redutora é a cirurgia plástica indicada para correção desses casos e tem por objetivo diminuir o volume das mamas, melhorar sua forma e levantá-las, através da remoção do excesso de tecido glandular, gordura e pele, deixando-as mais leves e com tamanho proporcional ao corpo, melhorando a autoestima e a qualidade de vida da paciente. A cirurgia também é indicada para correção de assimetrias e para solução de questões estéticas relacionadas ao tamanho aumentado e ptose (queda) das mamas. Deve ser realizada preferencialmente após o desenvolvimento total das mamas, por volta dos 18 anos de idade.
A técnica a ser utilizada para reduzir o tamanho de suas mamas será determinada pela cirurgiã dra. Denise da Mota, que analisará o método mais indicado de acordo com as particularidades de seu corpo, composição de suas mamas, quantidade de redução desejada e suas preferências pessoais.
COMO É REALIZADA?
A mamoplastia redutora pode ser realizada sob anestesia peridural com sedação intravenosa ou anestesia geral. A cirurgiã e o anestesiologista recomendarão a melhor opção para você. A duração média da cirurgia é de quatro horas, podendo se estender um pouco mais em alguns casos. O tempo de internação é de aproximadamente 24 horas.
A cirurgia de redução das mamas é realizada através de incisões que resultam em cicatrizes ao redor da aréola, vertical abaixo da aréola e ao longo do sulco sob as mamas (periareolar associada a “T” invertido). O tamanho das cicatrizes é variável e proporcional ao tamanho e à flacidez das mamas. As aréolas são reduzidas e elevadas e as mamas são reduzidas, levantadas e remodeladas em formato de cone, que é a sua forma natural. Quase todos os pontos são internos e não precisam ser retirados. Alguns poucos pontos externos de refinamento serão retirados na consulta em torno de sete dias após a cirurgia. Ao término do procedimento, é deixado curativo oclusivo que será trocado pelo sutiã no dia seguinte.
Caso seja seu desejo, a cola cirúrgica poderá ser utilizada, porém ela não tem o poder de substituir os pontos de sutura que serão feitos. Sua função será isolar as feridas operatórias do meio externo, funcionando como um curativo cirúrgico.
PRÉ-OPERATÓRIO:
Durante as consultas, você e a Dra. Denise da Mota conversarão sobre suas queixas em relação às suas mamas, suas expectativas e objetivos com a mamoplastia redutora, assim como lhe serão apresentadas as opções cirúrgicas apropriadas para seu caso em particular, e o que você poderá ou não esperar da cirurgia. É importante que você seja sincera e que fique muito bem informada e confiante sobre a cirurgia que pretende realizar. Qualquer dúvida poderá ser esclarecida nesta etapa.
A cirurgiã colherá todas as informações sobre sua história clínica e sobre seu histórico familiar de doenças da mama. No exame físico, suas mamas serão examinadas detalhadamente quanto à forma, volume, consistência, simetria, posicionamento e tamanho das aréolas e dos mamilos e serão tiradas medidas e fotografias para o prontuário. Também será avaliada a sua tendência à formação de cicatriz hipertrófica ou quelóide.
Além dos exames necessários antes de qualquer procedimento cirúrgico (exames de sangue, urina, RX de tórax, eletrocardiograma e consulta ao cardiologista para avaliação do risco cirúrgico), serão solicitados exames de imagem, como ultrassonografia mamária e/ou mamografia. Em algumas situações pode ser necessária a opinião de outros especialistas.
Doenças como o diabetes mellitus, que predispõe a infecções e altera a cicatrização, e a hipertensão arterial, que pode levar à formação de hematomas, precisam ser compensadas antes da cirurgia. Os tabagistas apresentam maior risco de necrose (morte) de pele e má cicatrização, devendo parar de fumar por, no mínimo, um mês antes da cirurgia para reversão de uma parte dos efeitos nocivos do cigarro, os de curto prazo. Porém, os efeitos nocivos causados pelo uso prolongado se mantêm.
É fundamental informar à cirurgiã todos os medicamentos utilizados, inclusive os fitoterápicos. Ela lhe orientará sobre quais devem ou não ser continuados e qual o momento adequado para suspendê-los. Medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico em sua composição (Melhoral, AAS, Doril, Aspirina, Bufferin, Engov, Sonrisal, etc.), fórmulas para emagrecimento, anti-inflamatórios, anticoagulantes, anticoncepcionais ou reposição hormonal devem ser suspensos vários dias antes da mamoplastia redutora.
Na véspera da cirurgia, você deverá fazer jejum de 12 horas, assim como internar, no hospital escolhido, duas horas antes do procedimento. Lembre-se de comunicar, até a véspera da cirurgia, qualquer ocorrência como gripe, resfriado, indisposição, febre, infecções e etc.
PÓS-OPERATÓRIO:
• Cicatrizes – A cicatriz em torno da aréola fica bem disfarçada por situar-se na zona de transição entre a cor da aréola e a da pele. A cicatriz em “T” invertido localiza-se na região inferior da mama, ficando escondida pelas roupas íntimas e de banho, e bem disfarçada na posição de pé.
As cicatrizes passam por diferentes fases no pós-operatório: 1) até o 30o dia, são finas e pouco visíveis; 2) do 30o dia ao 12o mês, apresentam espessamento natural, bem como mudança em sua cor, ficando vermelhas ou marrons, podendo causar preocupação e ansiedade e 3) do 12o ao 18o mês, vão se tornando mais claras e menos consistentes atingindo, assim, seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia das mamas será feita após este período e qualquer dúvida a respeito de sua evolução deverá ser esclarecida com a Dra. Denise da Mota.
A partir de 30 dias da cirurgia será recomendado o uso de gel de silicone ou fita de silicone sobre as cicatrizes, durante cinco meses, como meio de prevenção à formação de cicatrizes inestéticas.
• Curativos – Serão realizados diariamente após a liberação do banho completo, no terceiro dia após a cirurgia.
• Dor – Pode ocorrer nos primeiros dias, sendo bem controlada com os analgésicos e anti-inflamatórios prescritos pela cirurgiã. É comum que a sensibilidade na área operada fique reduzida por certo período, assim como que ocorram fisgadas, ardor e/ou prurido (coceira) que tendem a desaparecer com o tempo.
• Edema (inchaço) – Ocorrerá e impedirá a visualização do resultado final por, aproximadamente, três a 10 meses, sendo mais frequente pela manhã, em dias quentes e no período pré-menstrual. Não impedirá as atividades básicas.
• Equimoses (manchas roxas) – Ocorrem e são variáveis de paciente para paciente. Costumam regredir em aproximadamente 30 dias.
• Orientações pós-operatórias:
– Usar sutiã cirúrgico de lycra com abertura frontal e sem costuras por 30 dias.
– Repouso dos braços, mantendo-os junto ao corpo por 30 dias.
– Dormir com a barriga para cima durante dois meses.
– Retorno ao trabalho liberado após 21 dias, desde que sem movimentação excessiva ou esforço dos braços.
– Dirigir e tomar banhos de imersão após 30 dias.
– Não se exponha ao sol ou a fontes de calor enquanto apresentar edema e equimoses (manchas roxas). Não deixe o sol incidir diretamente nas cicatrizes por 18 meses. Utilize bloqueadores solares (FPS 30 ou maior), mesmo quando estiverem cobertas.
– Alimentação à base (carnes, ovos, leite), verduras (principalmente as verde-escuras), legumes e frutas (exceto abacate). Consulte sua cirurgiã quanto aos alimentos que não deve comer (camarão, carne de porco, doces, gorduras e frituras, entre outros). É importante alimentar-se de forma correta e equilibrada.
– Exercícios físicos como caminhada e os relativos aos membros inferiores, poderão ser reiniciados após 30 dias, desde que o impacto seja baixo. Demais exercícios e prática de esportes poderão ser retomados após dois meses, de forma gradual e sob a orientação e acompanhamento da cirurgiã.
• É importante obedecer à prescrição médica. Só utilize medicações prescritas pela Dra. Denise da Mota. Não faça uso de medicamentos, pomadas, cremes ou massagens indicadas por vizinhos, amigos ou outras pessoas, por mais inofensivas que elas possam parecer.
• Provavelmente você estará se sentindo tão bem a ponto de esquecer-se que foi operada recentemente. Cuidado! Este fato pode levá-la a fazer esforços prematuros, que poderão ter consequências indesejáveis em sua evolução pós-operatória.
COMPLICAÇÕES
A mamoplastia redutora raramente ocasiona complicações sérias, porém, podemos citar algumas: hematoma; infecção; deiscência de ferida (abertura de pontos); cicatrizes inestéticas; alterações de sensibilidade, da pigmentação e/ou necrose das aréolas e da pele; trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar; problemas anestésicos; insatisfação com os resultados. Felizmente, em sua maioria se resolvem com o tempo ou são passíveis de correções posteriores, mediante revisões cirúrgicas, permitindo-nos obter o resultado almejado.
Atenção: o tabagismo aumenta o risco de complicações, sendo indispensável parar de fumar por pelo menos um mês antes da cirurgia.
RESULTADOS
Apesar do resultado dos primeiros meses satisfazerem bastante as pacientes, somente entre o 12o e o 18o mês as mamas atingirão sua forma definitiva e as cicatrizes se tornarão esbranquiçadas. Logo após a cirurgia, a mama está concentrada nos quadrantes superiores e os inferiores estão retificados. Por volta do quarto mês, ocorre um movimento de báscula, com arredondamento dos quadrantes inferiores e leve ascensão da aréola.
Geralmente, o resultado da mamoplastia redutora é bastante duradouro, porém o processo de envelhecimento e as alterações decorrentes dele continuam. Outros fatores como genética, regulação hormonal, oscilações de peso e qualidade da pele (estrias facilitam a flacidez) também influenciam no resultado ao longo prazo. No caso de gravidez pós-operatória, a amamentação costuma ser normal, no entanto, o resultado poderá ser prejudicado, com retorno de certa flacidez, pelo aumento do volume mamário durante a gravidez e a lactação, seguido de sua redução.
FALE COM A DOUTORA
Caso você tenha alguma dúvida sobre a cirurgia de redução das mamas, não tenha receio de perguntar. Esclareça suas dúvidas sobre Mamoplastia redutora com a Dra. Denise da Mota, estamos prontos para fornecer as informações necessárias e sanar possíveis dúvidas.