Algumas pessoas nascem com as orelhas mal formadas, ou seja, com o formato diferente do normal. A malformação mais comum é a orelha em abano ou orelha proeminente, que se caracteriza por uma abertura exagerada das orelhas em relação à cabeça, deixando-as mais aparentes e dando a impressão de que são grandes. Essa aparência das orelhas pode ser motivo de brincadeiras e apelidos que geram constrangimento, insegurança e comprometem a autoestima, principalmente na infância e na adolescência.
As alterações que as orelhas em abano apresentam são a hipertrofia (excesso) da cartilagem da região da concha auricular e/ou o apagamento das dobras da anti-hélice. A otoplastia ou cirurgia plástica das orelhas corrige estas alterações, diminuindo a distância entre a face posterior da orelha e o couro cabeludo e formando a anti-hélice. Desta maneira, a cirurgia proporciona uma forma natural, oferece equilíbrio e proporção entre as orelhas e a face, valoriza a aparência e auxilia na recuperação da autoestima.
A indicação cirúrgica da Otoplastia é baseada no grau do incômodo que as orelhas em abano causam ao paciente. A correção pode ser realizada a partir dos seis anos de idade, quando as orelhas já alcançaram o tamanho que terão na vida adulta. Apesar de a correção precoce ser benéfica, por evitar as consequências das piadas e brincadeiras frequentes durante a fase escolar, muitas pessoas procuram a correção somente na fase adulta.
COMO É REALIZADA
A cirurgia de correção das orelhas em abano costuma ser realizada sob anestesia geral em crianças e sob anestesia local com sedação em adultos, tendo duração média de uma hora e meia. O paciente pode receber alta no mesmo dia ou no dia seguinte à cirurgia. A incisão é feita atrás da orelha, seguindo o sulco natural da pele na junção da orelha com o crânio. Quando são necessárias incisões na frente da orelha, as mesmas são bem pequenas e localizadas nas suas dobras para que fiquem escondidas. Em seguida, as alterações das cartilagens são tratadas, a pele é fechada com pontos externos, e é deixado um curativo acolchoado tipo capacete, cobrindo as orelhas, que será mantido por uma semana.
RESULTADOS
Quando o curativo oclusivo é retirado, aproximadamente 70% do resultado alcançado é observado, porém há edema (inchaço) e equimose (roxidão), que regridem com o tempo. Em torno do terceiro mês, o aspecto será bem próximo do definitivo, o que se observará completamente dos 12 aos 18 meses pós-operatórios.
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Caso você tenha alguma dúvida sobre a cirurgia das orelhas, não tenha receio de perguntar. Esclareça suas dúvidas sobre Otoplastia com a Dra. Denise da Mota, estamos prontos para fornecer as informações necessárias e sanar possíveis dúvidas.