O lifting de coxas, também conhecido como cruroplastia, é o procedimento cirúrgico indicado para pessoas insatisfeitas com a flacidez nas coxas, associada ou não ao acúmulo de gordura local, que costuma ser uma situação bastante desconfortável, podendo causar incômodo para vestir uma roupa mais justa, dificuldade para sentir-se bem em frente ao espelho, desconforto para caminhar e o surgimento de assaduras e de irritação na pele devido ao atrito entre uma coxa e outra. Em casos mais extremos, como o de pacientes que apresentaram grandes perdas ponderais após cirurgia bariátrica, a flacidez costuma ser ainda maior, podendo limitar a realização das atividades diárias e da higiene pessoal, com grande impacto na qualidade de vida.
A cruroplastia tem a finalidade de melhorar o contorno e o tônus das coxas, tornando-as mais lisas e torneadas. Consiste na retirada do excesso de pele e de gordura dessa região, a partir de uma incisão (corte) na região da prega da virilha e do sulco inferior do glúteo, que pode se estender verticalmente para a face interna da coxa, formando um “T” que pode ir até a metade da coxa ou até o joelho, conforme o grau de flacidez e a necessidade de cada caso. Quando indicado, pode ser associada à lipoaspiração, promovendo um resultado mais completo.
A cirurgiã plástica Dra. Denise da Mota explica que é importante estar ciente de que as cicatrizes nos membros inferiores costumam ter um aspecto final menos estético do que o aspecto das cicatrizes da região das mamas e do abdome, sendo mais comum a ocorrência de alargamento, hipertrofia e/ou hiperpigmentação cicatricial. Por isso, é necessária uma avaliação criteriosa do custo-benefício da cirurgia para cada paciente em particular.
A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar, sob anestesia peridural ou geral, com internação de 24 horas. Em alguns casos, podem ser utilizados drenos que costumam ser retirados no momento da alta hospitalar. A dor pós-operatória costuma ser leve, cedendo com os analgésicos prescritos.
A Dra. Denise da Mota enfatiza a importância dos cuidados durante o período pós-operatório. É recomendado repouso e afastamento das atividades por três a quatro semanas, em média. Porém, é necessário andar pequenas distâncias várias vezes ao dia, devagar, com cuidado e sem esticar as coxas, e evitar permanecer longos períodos em posição deitada ou sentada. Além disso, a cirurgiã recomenda o uso contínuo de malha de compressão elástica por 60 dias, assim como o uso de meias elásticas por 15 dias, a fim de evitar a ocorrência de fenômenos tromboembólicos. As atividades físicas podem ser retomadas de forma progressiva após dois meses.
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