Tumores malignos de pele

Os tumores malignos de pele são o tipo de câncer mais frequente no Brasil, representando 30% de todos os tumores malignos. São mais comuns em pessoas com mais de 40 anos, apesar de poderem ocorrer em outras faixas etárias, estando relacionados à excessiva exposição solar, sem a devida proteção, por um longo período da vida.

Os cânceres de pele são classificados em:  

1) NÃO-MELANOMA – é o tipo mais frequente, tem letalidade baixa, porém o número de casos novos a cada ano é muito alto. Tem alta chance de cura, desde que seja detectado e tratado precocemente. Contudo, quando não diagnosticado precocemente ou não tratado da maneira correta, pode resultar em mutilações expressivas. Os mais comuns são:      

 A) Carcinoma basocelular – é o mais comum e o menos agressivo, tem evolução lenta e dificilmente se espalha para outras áreas do corpo, porém pode invadir os tecidos em profundidade. A lesão da pele é mais frequente em regiões mais expostas ao sol e pode ser similar a um nódulo, uma ferida que não cicatriza, ou manchas que podem sangrar, descamar e coçar.

  B) Carcinoma espinocelular – pode surgir associado à exposição solar crônica ou a outros agentes como: vírus carcinogênicos (exemplo: papiloma vírus humano – HPV); agentes químicos ou radioativos; uso de medicamentos imunossupressores; feridas crônicas; ou cicatrizes antigas, principalmente de queimaduras. Também pode surgir a partir de lesões precursoras como as ceratoses actínicas. Possui maior risco de invadir gânglios linfáticos e outros órgãos (metástases) do que o basocelular. As lesões geralmente, possuem coloração avermelhada, com aspecto de feridas espessas e descamativas que não cicatrizam, podendo sangrar ou ter aparência semelhante à de uma verruga.

2) MELANOMA – se origina nas células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele, sendo mais frequente em adultos brancos. É mais raro e mais letal que os carcinomas, sendo o tipo mais agressivo de câncer da pele por sua alta capacidade de provocar metástases (disseminação para outros órgãos). Apresenta-se como manchas, pintas ou sinais acastanhados ou enegrecidos, com diferentes tons dentro da mesma lesão, bordas irregulares, assimétricas, que mudam de forma e de tamanho com rapidez. Podem aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou nas mucosas, em áreas expostas ou não ao sol, principalmente em pessoas acima dos trinta anos de idade.  O principal fator de risco é o genético (familiar). Para um melhor prognóstico, e chance de cura, o melanoma precisa ser detectado em sua fase inicial. 

A Dra. Denise de Mota adverte que é importante observar a própria pele constantemente, e procurar imediatamente um médico dermatologista para o correto diagnóstico, caso detecte qualquer lesão suspeita. Da mesma forma, pessoas com história pessoal ou familiar de melanoma, que possuem maior risco, precisam ser examinadas periodicamente por um médico dermatologista. O diagnóstico pode ser clínico, por meio do exame de dermatoscopia, que visualiza as camadas mais profundas da pele, ou ser realizado através de uma biópsia excisional da lesão.

TRATAMENTO

Na maioria das vezes, o tratamento dos tumores malignos não-melanoma é a remoção cirúrgica do tumor com uma borda adicional de pele sadia, como margem de segurança, realizada pelo médico cirurgião plástico. Os tecidos removidos são examinados ao microscópio, para determinar se foram extraídas todas as células cancerosas. A técnica possui altos índices de cura, e pode ser empregada no caso de tumores recorrentes.

A dra. Denise da Mota explica que, comumente, no caso das lesões menores, em pacientes menores de 60 anos ou sem comorbidades, o procedimento pode ser realizado com anestesia local, sem internação. Em alguns casos, devido à idade do paciente ou à complexidade do caso, pode ser indicada a realização do procedimento em hospital, com supervisão do médico anestesista, com internação de 12 a 24 horas. Há diferentes técnicas que podem ser usadas, dependendo do tipo, localização e tamanho do tumor. Quando o câncer de pele está mais evoluído, o defeito resultante de sua retirada é maior, sendo necessário um procedimento maior de reconstrução, que pode ser feito com retalhos ou enxertos de pele.

No caso dos melanomas, após a confirmação diagnóstica pela biópsia excisional, o paciente é encaminhado ao cirurgião oncológico para realização de uma nova cirurgia para ampliação das margens cirúrgicas, de acordo com a profundidade do tumor, identificada no exame microscópico da peça cirúrgica. O paciente também poderá ser encaminhado ao oncologista clínico.

PREVENÇÃO

A principal recomendação para a prevenção do câncer de pele é evitar a exposição ao sol, principalmente nos horários em que os raios solares são mais intensos (entre 10h e 16h), utilizar roupas e acessórios (chapéus e óculos escuros) com proteção UV, proteger-se em lugares com sombra ou sob barracas de algodão ou lona, e usar filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 30 ou mais, que deve ser reaplicado a cada duas horas.

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Caso você tenha alguma dúvida tumores malignos de pele, não tenha receio de perguntar. Esclareça suas dúvidas sobre Pequenos Procedimentos Cirúrgicos com a Dra. Denise da Mota, estamos prontos para fornecer todas as informações necessárias e sanar possíveis dúvidas.

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