Apesar de não serem as cirurgias mais comentadas, as cirurgias íntimas estão entre as cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil, tendo em vista que muitas mulheres possuem um grande incômodo em relação à estética dos lábios vaginais. Diversos podem ser os problemas, como lábios menores assimétricos (um maior do que o outro) ou demasiadamente grandes, lábios maiores murchos e flácidos, ou monte de Vênus volumoso e proeminente. Além do incômodo estético, mulheres que possuem pequenos lábios vaginais muito volumosos podem apresentar problemas funcionais como, por exemplo, sentir dor durante a relação sexual, dor ou desconforto quando utilizam roupas apertadas ou praticam atividades físicas, porque o atrito pode repuxar os lábios vaginais. Além disso, os constrangimentos que experimentam podem desencadear problemas psicológicos e afetar sua vida sexual.
O procedimento mais procurado da cirurgia íntima é a Ninfoplastia, que tem como objetivo diminuir o tamanho, corrigir as assimetrias ou frouxidão dos pequenos lábios vaginais e regularizar o prepúcio que cobre o clitóris. Também pode ser realizada intervenção nos grandes lábios e no monte de Vênus, injetando gordura quando são murchos ou fazendo lipoaspiração quando são exuberantes demais.
Por ser uma área sensível à dor e muito vascularizada, ou seja, com maior risco de sangramento, há maior comodidade para a paciente e para o cirurgião quando a cirurgia é realizada em centro cirúrgico de uma clínica ou de um hospital. O procedimento costuma ser feito sob anestesia local ou peridural mais sedação venosa, com duração de 60 a 90 minutos, sem necessidade de dormir no hospital. Durante os primeiros dias de pós-operatório, o inchaço e um pouco de dor na região podem causar incômodo, porém a recuperação costuma ser rápida, com uma gradual e significativa melhora nas duas primeiras semanas. Os pontos geralmente são absorvíveis, ou seja, não precisam ser retirados posteriormente e as cicatrizes costumam ser discretas.
A cirurgiã plástica Dra. Denise da Mota orienta as pacientes a marcarem a cirurgia para logo após o término da menstruação, para que não precisem usar nenhum tipo de absorvente higiênico na região, evitando o atrito na ferida operatória e nos pontos. Além disso, a Dra. Denise da Mota recomenda que as pacientes evitem o uso de roupas apertadas, relações sexuais, atividades físicas ou qualquer outro tipo de atrito na região por aproximadamente um mês após o procedimento. A higiene local também é crucial para uma boa recuperação.
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